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PRÍNCIPAIS DÚVIDAS SOBRE VÁCINAS
PRÍNCIPAIS DÚVIDAS SOBRE VÁCINAS

O doutor Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, participou de um chat ao vivo com os leitores do SRZD nesta quinta-feira e esclareceu dúvidas sobre os cuidados que devem ser observados na hora da vacinação desde a fabricação dos medicamentos, ao armazenamento e aplicação. Confira as respostas: As vacinas oferecidas por clínicas privadas são seguras? As vacinas disponibilizadas nas clínicas privadas são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pelo Ministério da Saúde, portanto, são seguras e podem ser aplicadas em adultos e crianças. É preciso tomar algum cuidado especial com o local da aplicação após a vacina? Não. Mas é normal que o local da aplicação, às vezes, apresente vermelhidão ou fique dolorido. Essas reações, quando ocorrem, são normais e passageiras. Quem pode aplicar a vacina? A aplicação da vacina deve ser feita por um profissional treinado e habilitado para tal, enfermeiras e técnicos de enfermagem são os indicados. Existe vacinas que não são 100% eficazes? Sim. Falhas vacinais podem ocorrer, pois a resposta é individual e nem sempre todos respondem da mesma maneira. É normal apresentar febre após a vacinação? O sintoma pode ser considerado uma reação à vacina ou estar relacionado a erros de aplicação? Sim. A febre é uma reação comum a algumas vacinas e não tem qualquer relação com a técnica de aplicação. Quando ocorre, a febre costuma ser leve e passageira. O profissional deve usar luvas na aplicação da vacina? Não há necessidade. Basta uma adequada lavagem das mãos. Vacinas podem ser aplicadas em consultórios? Sim, desde que os serviços de vacinação privada oferecidos pelo consultório estejam regulamentados por normas rígidas, que determinam padrões como espaço físico adequado para sala de vacinação e, sobretudo, regras para o armazenamento das vacinas. Se o consultório não tem alvará para realizar vacinação, autorização da Anvisa, das secretarias estadual e/ou municipal de saúde e do Conselho Regional de Medicina, significa que não se trata de um serviço de vacinação regularizado. Há diferença entre laboratórios que fabricam as vacinas? Existe algum que seja mais confiável? Normalmente os produtos licenciados em nosso país sofrem rigorosa fiscalização, pré-aprovação e os laboratórios autorizados a comercializar são seguros. Não há diferença entre as marcas. Existe uma maneira correta de se aplicar a vacina? Caso seja aplicada de maneira incorreta, quais as consequências? A técnica de aplicação é fundamental para se obter o resultado esperado e também para prevenir efeitos adversos. Aplicar incorretamente uma vacina pode levar à sua ineficácia ou até à reações imprevisíveis. Tomei uma vacina em uma clínica e logo depois esta foi notificada e fechada. Como posso saber se estou imunizado? Devo repetir a dose? Para algumas vacinas podem ser realizados testes para saber se o indivíduou foi imunizado, para outras não. Quando não se pode saber se a vacina foi realmente aplicada, recomenda-se uma nova aplicação. A eventual re-aplicação não traz prejuízo algum. Como pode ser feito o teste? Com exames de laboratório, como por exemplo, sorologias. É preciso alguma preparação especial antes da vacinação? Não há necessidade. Basta não estar doente, especialmente com febre. Quem já é adulto ainda precisa se vacinar? Sim. Existem vacinas que não estavam disponíveis quando o adulto de hoje era criança. Também tem a situação em que a imunidade, ou seja, a proteção gerada pela vacina ou pela doença, cai ao longo do tempo. É o caso da coqueluche e da febre amarela. Há risco de contrair HIV ou hepatite por meio da vacinação caso a clínica reaproveite seringa, por exemplo? A utilização de materiais descartáveis impossibilita a transmissão de doenças através de agulhas ou seringas. Perdi minha caderneta de vacinação. Posso recorrer ao meu médico para saber que vacinas preciso tomar? Sim. Converse com seu médico, ele deve orientá-lo. Mas é importante não deixar de verificar as vacinas necessárias. A relação está disponível no site da Sociedade Brasileira de Imunização. Em relação ao armazenamento das vacinas, uma geladeira convencional é inadequada? Como saber qual é a geladeira adequada? Sim, pois a conservação das vacinas é fundamental para sua eficácia e geladeiras comuns não são adequadas para este fim pois apresentam variações de temperatura. Mas é difícil para um leigo avaliar a geladeira, técnica e outros detalhes que possam interferir na segurança. A sugestão é procurar um serviço credenciado pela Vigilância Sanitária para vacinas e evitar os consultórios. O ideal é procurar uma clínica acreditada com o selo da Sociedade Brasileira de Imunização. A SBIm disponibiliza em seu site uma relação de clínicas acreditadas, que receberam o selo de qualidade por sua excelência. Que sinais devem ser observados para garantir uma vacinação adequada, eficaz e segura? A falta de cuidado na armazenagem e no manuseio de vacinas, no controle da temperatura, que deve ser feito por meio de termômetro digital durante 24 horas por dia; a falta de cuidado na hora de aplicar a vacina e a falta de higiene são quesitos a serem observados com rigor. Se o governo oferece vacina apenas para algumas pessoas, como no caso da gripe para idosos, porque devo me vacina? Lembre-se: a prevenção é sempre mais barata que o tratamento e os riscos do adoecimento. Além disso, se a maior parte da população está vacinada, isso reduz a circulação de vírus e bactérias causadores de doenças que vão desde a gripe até a peneumonia. Quando muitas pessoas estão vacinadas elas contribuem para gerar o que chamamos de "proteção de rebanho" ou "proteção coletiva", ou seja, circulando menos vírus e bactérias devido à alta cobertura de vacinação contra determinadas doenças, pessoas que não podem receber determinada vacina, seja pela idade ou condição de saúde, estarão menos vulneráveis ao adoencimento. Por isso, o programa nacional de Imunização brasileiro prioriza os principais grupos de risco ou aqueles mais afetados por uma doença, sendo impossível, como em qualquer outro país, disponibilizar todas as vacinas para toda a população, por isso nem sempre todos são vacinados. Mas aqueles não incluídos nos grupos de risco podem, em alguns casos, procurar a vacina em clínicas privadas. Confira as dicas para garantir a melhor vacinação: - Observar se a clínica possui alvará de funcionamento. Esse documento deve estar visível, em local de fácil acesso, na recepção da clínica. - Toda clínica deve ter um médico responsável, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina. - As vacinas não podem ser armazenadas em refrigeradores tipo "duplex" ou frigobar, equipamentos que não oferecem a estabilidade de temperatura necessária à boa conservação. -O controle eficiente da temperatura deve ser feito com termômetro digital, com verificação de máxima e mínima, e o mapa de registro dessa medidas deve estar visível, junto a geladeira. - A sala de vacinação deve ter cadeira e maca para acomodar a pessoa na hora da aplicação da vacina, e bancada ou mesa lavável, para o correto manuseio das vacinas. - Agulhas e seringas devem ser descartáveis e descartadas em caixa própria para este tipo de material, chamado "perfurocortante", medida que evita acidentes. - As lixeiras para descarte de algodão e outros materiais contaminados devem ter tampa acionada por pedal. - Toda vacina deve ser registrada na caderneta de vacinação com: data de aplicação; identificação da vacina, incluindo número do lote; dose correspondente; nome do laboratório produtor; rubrica do vacinador e número do registro profissional; além de data prevista para o retorno, com objetivo de cumrprir todo o cronograma de vacinação.


1. Existem vacinas que são 100% eficazes. Não, não existem. Isso porque nenhum imunizante se comporta como uma infecção natural, causada por um micróbio propriamente dito. Considere que, mesmo que haja componentes vivos na fórmula, eles se encontram atenuados, isto é, enfraquecidos, e isso compromete parte da eficácia de ensinar o sistema imune a se defender de uma infecção de verdade. Além disso, as chamadas falhas vacinais às vezes põem tudo a perder. Elas ocorrem, por exemplo, quando o imunizante não é bem conservado. Mesmo aplicado do jeito adequado, às vezes, com o passar do tempo, a quantidade de anticorpos induzidos pela vacina declina e a criança volta a ser suscetível à doença. Também pode ser que o organismo não responda de forma adequada à substância que foi inoculada e isso varia de pessoa para pessoa. No entanto, como para toda regra há exceção, estudos demonstram que uma única vacina, aquela contra a hepatite A, oferece proteção total. Mas atenção: só após a segunda dose.
2. As vacinas contra catapora e tuberculose só protegem das formas graves dessas doenças. É verdade. No caso da catapora, a proteção é de 95% a 98% contra as manifestações mais graves e de 70% a 90% contra as leves. E a BCG previne contra a neurotuberculose, que afeta o sistema nervoso central e pode matar, mas não contra o tipo pulmonar, felizmente bem menos letal hoje em dia. "O organismo dá conta de combater o bacilo na grande maioria dos casos", tranqüiliza o infectologista Djalma Rodrigues Pinto Neto, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações. Essas vacinas não têm a capacidade de desenvolver uma memória imunológica persistente. Com o passar do tempo ela se perde. E aí são necessárias novas doses a cada dez anos. Mesmo assim, é imprescindível que os pequenos sejam vacinados. Embora estejam mais sujeitos às formas leves dessas doenças, podem transmitir as mais graves para outras crianças.
3. Contra a pólio a Sabin é mais eficaz do que a Salk. Do ponto de vista coletivo, as gotinhas da Sabin representam a melhor opção por uma simples questão de saneamento básico. É que a criança vacinada elimina os vírus vacinais pelas fezes, ajudando assim a imunizar a população carente que vive no entorno e que não foi imunizada. Quanto à segurança individual, a injetável Salk leva uma ligeira vantagem: diminui ainda mais o risco da poliomielite vacinal, ou seja, a doença causada pelos componentes da própria vacina. Calma. A ocorrência é bastante rara também com as gotinhas. Então, nem pense em deixar de vacinar seu filho por causa de um risco remotíssimo.
4. A criança que vomitar no dia que receber a Sabin vai ter que ser vacinada de novo. Isso só será necessário se houver regurgitação logo em seguida ou em menos de duas horas da ingestão das gotinhas. Esse é o tempo que os vírus vivos enfraquecidos do imunizante levam para viajar até o intestino, onde formarão colônias e provocarão a reação imune do organismo. "O vômito, mesmo não sendo um impedimento para a vacinação, pode sinalizar alguma doença e o pediatra deverá ser consultado", recomenda o infectologista Djalma Rodrigues Pinto Neto.
5. A novíssima hexavalente, que imuniza também contra a pólio, não dispensa a Sabin. Verdade. As gotinhas nunca são demais e funcionam como um reforço. Então, não deixe de atender ao chamado das campanhas antipólio realizadas pelo Ministério da Saúde. "Há cidades em que apenas 60% das crianças são levadas aos postos e a doença ainda não foi erradicada em muitos países", alerta a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações.
6. Todas as vacinas contra meningite são importantes. Sim e como! Existem várias vacinas porque há vários tipos da doença. A BCG previne também a meningite tuberculosa. A tetravalente protege contra a meningite pneumocócica, causada pelo Haemophilus influenzae tipo b. E há ainda aquelas que barram a meningite meningocócica.